As eleições municipais de 2020 foram bem atípicas, sendo a pandemia do coronavírus a principal causa. Essa praga impulsionou ainda mais o aumento da utilização da comunicação digital (forma de comunicação que a maioria dos candidatos não dominavam), adiou as eleições para o período de chuvas, reduziu a realização de debates políticos, restringiu o corpo a corpo dos candidatos, desencorajou os eleitores com dezesseis e dezessete anos de idade a emitirem o título de eleitor e influenciou no recorde da quantidade de abstenções (não comparecimento dos eleitores às urnas).

Mesmo com todas essas consequências causadas pela pandemia, que dificultaram a renovação política nas cidades, a população decidiu revigorar a administração pública local elegendo representantes diferentes com relação a 2016.

As taxas de renovação, mostradas nas urnas nesse ano, das Câmaras Municipais de algumas cidades do interior de MG foram muito relevantes, como, por exemplo, Barão de Cocais (91%), Nova Era (89%) e Rio Piracicaba (89%). Seguindo esse sentimento de mudança e continuando a analisar as taxas de renovação, os eleitores de outras cidades da mesma região também deram seus recados: Bela Vista de Minas (78%), São Gonçalo do Rio Abaixo (78%), Alvinópolis (64%), João Monlevade (60%), Dom Silvério (56%), São José do Goiabal (44%) e Sem-Peixe (44%).

Mas apenas a renovação não garante a prestação de serviços adequada dos eleitos e nem a melhor gestão do dinheiro público (nossos impostos). É necessário acompanhar e fiscalizar o trabalho dos nossos representantes, e se necessário, cobrar mudanças de posturas e melhores resultados, principalmente relacionados às promessas de campanha.