O Brasil vive uma situação política sem precedentes, com políticos, partidos políticos e instituições governamentais desacreditados, por motivo de desvios de conduta principalmente vinculados à corrupção. Notícias como "PF prende Geddel após descoberta de 'bunker' com R$ 51 milhões" (Folha de São Paulo), "Polícia Federal investiga desvios de R$ 2 milhões de merenda escolar no Amapá" (Isto é Dinheiro), "Roubo na Petrobras custou mais ao Brasil que ouro levado por Portugal" (Gazeta do Povo) e "PF tem 3 hipóteses para desvio milionário de kits em hospitais públicos de MS, diz delegado" (G1) infelizmente fazem parte do cotidiano dos brasileiros.
A corrupção mata rapidamente a população nas filas de hospitais e nas ruas, e lentamente nas salas de aula. A corrupção movimenta mais recursos financeiros do que o tráfico de drogas e o tráfico de armas juntos, de acordo com a ONUBR (2017), "todos os anos, 1 trilhão de dólares é pago em subornos e cerca de 2,6 trilhões de dólares são roubados em atos de corrupção, o que representa mais de 5% do PIB mundial".
Para UNODC (2018),
"o conceito de corrupção é amplo, incluindo as práticas de suborno e de propina, a fraude, a apropriação indébita ou qualquer outro desvio de recursos por parte de um funcionário público. Além disso, pode envolver casos de nepotismo, extorsão, tráfico de influência, utilização de informação privilegiada para fins pessoais e a compra e venda de sentenças judiciais, entre diversas outras práticas".
De acordo com Moro (2017), a corrupção impacta no desenvolvimento, na geração de riqueza e no bem-estar de qualquer nação. Soma-se aos custos de propinas inseridos em contratos públicos, o desinteresse de investidores pelo país e as possíveis infrutíferas tomadas de decisões que priorizam a propina no lugar do interesse público. Carvalhosa (2017, p.206) corrobora dizendo que a corrupção "é a causa do grande desperdício de recursos do Estado, o que contribui para a situação de fome, de miséria, e de pobreza de dois terços da humanidade".
UNODC (2018) complementa enfatizando que
"a corrupção prejudica as instituições democráticas, freia o desenvolvimento econômico e contribui para a instabilidade política. A corrupção corrói as bases das instituições democráticas, distorcendo processos eleitorais, minando o Estado de Direito e deslegitimando a burocracia".
Corrupção é como um câncer que se não tiver sua causa tratada, alastra, provoca metástase, levando à falência múltipla dos órgãos. Ou seja, provoca a morte de toda uma nação, pois seu triângulo primordial é esquecido, levando à falta de educação, saúde e segurança pública de qualidade.
A partir da análise de dados relacionados à decadência da educação, da saúde e da segurança pública, da percepção negativa da população quanto a esses três componentes do triângulo primordial de qualquer nação e do aumento constante da carga tributária, passou a ser perceptível que as péssimas condições dos serviços públicos ofertados não condizem com a grande quantia de recurso financeiro arrecadada pelo governo, principalmente através de impostos. Resumindo, a conta não fecha.
A indignação causada pela constatação descrita no parágrafo anterior fez nascer, oficialmente, em quinze de setembro de dois mil e quinze, uma startup política. Nessa data, o partido político NOVO teve seu registro deferido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) como a trigésima terceira legenda partidária, recebendo o número trinta (30).
Para Abstartups (2017), "startups são empresas em fase inicial que desenvolvem produtos ou serviços inovadores, com potencial de rápido crescimento". Esse mesmo autor complementa informando que uma startup "apresenta um produto ou serviço novo - ou com aspectos novos em seu modelo de negócio - para o mercado a que se destina, como elementos de diferenciação". IG (2017) reforça argumentando sobre startups que "a ideia de que a empresa precisa apresentar um trabalho inovador, que mostre a possibilidade de um futuro promissor, com um bom modelo de negócios, é consenso para que as organizações sejam encaixadas nesta categoria".
E por que o partido NOVO pode ser considerado uma startup política? O partido NOVO foi criado com diferenciais inovadores, para tratar a política de forma séria, sem carreirismo político, com foco na gestão eficiente e no triângulo primordial de qualquer nação, na criação de políticas públicas voltadas para o coletivo e não para beneficiar determinado grupo ou indivíduo, na visão de longo prazo pensando nas futuras gerações e não nas próximas eleições, na convicção de que o cidadão é o agente de mudança, o verdadeiro gerador de riqueza de uma nação e o responsável por sua liberdade, e na crença de que todos são iguais perante a lei, sem privilégios. Adicionado a essas características, o partido NOVO busca fazer o certo sempre desde a primeira vez, sem atalhos, sendo assim, disruptivo perante o padrão de atuação adotado pelos demais partidos políticos.
A inovação proposta pelo partido NOVO passa pelo círculo virtuoso (Figura 1) - repetição de boas ações como se estivessem em um círculo, sendo uma ação a causa de outra, com foco na melhoria contínua a cada iteração concluída - criado com base nos seus diferenciais.
Esse círculo virtuoso começa com a decisão do partido NOVO de não utilizar recursos financeiros públicos para se manter e para realizar campanhas políticas, ou seja, não usa os impostos dos brasileiros, pois tem a convicção de que gastos de partidos políticos devem ser custeados por quem acredita nos seus princípios, valores, ideais e propostas, por livre e espontânea vontade do cidadão, assim como, times de futebol e igrejas.
Os demais trinta e quatro partidos políticos utilizam recursos financeiros públicos, advindos do fundo partidário, pouco mais de 888 milhões de reais para 2018, sendo "constituído por dotações orçamentárias da União, multas, penalidades, doações e outros recursos financeiros que lhes forem atribuídos por lei" (TSE, 2018). Além desse fundo milionário, foi aprovado em 2017 pelo Congresso Nacional (Câmara dos Deputados e Senado) e sancionado pelo presidente Michael Temer, o fundo eleitoral no valor de 1,716 bilhões de reais para ser utilizado pelos partidos políticos em campanhas eleitorais em 2018 (AGêNCIA BRASIL, 2018). Somando o fundo partidário com o fundo eleitoral, MDB (antigo PMDB), PSDB e PT receberão em 2018 mais de 200 milhões de reais cada para gastar em manutenção e campanhas políticas (ESTADãO, 2018; TSE, 2018). O partido NOVO é o único que não gasta nem um centavo de real de recursos financeiros públicos.
Como o partido NOVO é mantido por seus filiados e doadores, o mesmo adotou uma gestão empresarial como diferencial, com foco na gestão eficiente, transparente e com governança, gerando prestação de contas periódicas, considerando seus mantenedores, seus eleitores e a população em geral como clientes e seus candidatos e eleitos/mandatários como produtos.
Para conceder produtos de qualidade para seus clientes, o partido NOVO usa outro diferencial, pois seleciona seus candidatos ao Poder Legislativo (deputados estaduais, deputados federais, senadores e vereadores) a partir de um rigoroso processo seletivo de quatro etapas: (1a) apresentação (prova, envio de currículo e envio de vídeo); (2a) entrevista; (3a) engajamento/exposição; (4a) treinamento com prova final. Qualquer filiado pode se inscrever nesse processo seletivo, de forma democrática, lembrando que ser ficha limpa é pré-requisito para se filiar ao partido NOVO.
Entregar produtos de qualidade para seus clientes não é o bastante para o partido NOVO, é necessário desenvolver um trabalho de acompanhamento para que os produtos cumpram o prometido. Além do compromisso, documento assinado, entre o eleito/mandatário e o partido NOVO, mais um diferencial é aplicado: a gestão independente. No partido NOVO a gestão partidária é separada da gestão pública, ou seja, participantes dos processos seletivos, candidatos e eleitos/mandatários não podem fazer parte da administração/gestão do partido, dessa forma, essa se torna uma camada fiscalizatória extra no acompanhamento e na cobrança dos seus gestores públicos.
Prover produtos de qualidade e trabalhar para que esses realizem na prática o que foi proposto na teoria, além de fazer parte das boas práticas da gestão empresarial, são requisitos fundamentais para que a gestão da marca, novo diferencial do partido NOVO, possa ser realizada com sucesso. Para o partido NOVO, não existe a figura do "salvador da pátria" e nem um proprietário, mas sim, cidadãos que acreditam, zelam e apoiam seus valores, princípios, ideais e propostas vinculados a uma marca forte.
Para que a marca do partido NOVO seja difundida positivamente é necessário que sua imagem seja positiva e que sua reputação seja ilibada. Para Kotler (2000, p.203), "o conjunto de crenças relativo a uma marca compõe a imagem da marca". Mello et al. (2001, p.2) complementam esse conceito definindo a "imagem da marca como o conjunto de ideias e impressões formadas pelo consumidor a respeito da marca". Considerando reputação como o grau de confiança de uma marca perante seus diversos públicos ao longo do tempo, com imagem e reputação de sucesso, o partido NOVO, como marca, recebe mais divulgação positiva, admiradores, filiados e doadores, e com mais apoiadores e recursos financeiros consegue chegar a mais brasileiros, e consequentemente, a mais cidades, consolidando assim, seu círculo virtuoso.
Por outro lado, quando a imagem e a reputação de uma empresa se tornam negativas, automaticamente os clientes deixam de comprar seus produtos, podendo levar a mesma à falência. A mesma análise se aplica ao partido NOVO, ou seja, caso não satisfaça seus clientes (filiados, doadores, eleitores e população em geral) pode simplesmente virar história do passado.
Por fim, fica claro quão inovadora e disruptiva é a startup política chamada partido NOVO, pois esse só poderá se perpetuar se realmente continuar entregando para a população brasileira ações corretas e dignas em prol da evolução do nosso Brasil!
Referencial bibliográfico
ABSTARTUPS (Associação Brasileira de Startups). 2017. Tudo que você precisa saber sobre startups. Acesso em 04 de abril de 2018.
AGÊNCIA BRASIL. 2018. Temer sanciona Orçamento de 2018 com previsão de R$ 1,7 bi para fundo eleitoral. Acesso em 05 de abril e 2018.
CARVALHOSA, Modesto. Performance bonds: quebra de interlocução direta entre agentes públicos e privados na execução de contratos administrativos. In: PASTORE, Affonso Celso (Org.). Infraestrutura: eficiência e ética. Rio de janeiro: Elsevier, 2017. cap. 7.
ESTADÃO. 2018. Fundo público eleitoral dá mais dinheiro a 21 partidos. Acesso em 05 de abril e 2018.
IG. 2017. Startup: entenda o conceito e saiba como funciona o investimento. Acesso em 04 de abril de 2018.
KOTLER, Philip. Administração de Marketing: a edição do novo milênio. São Paulo: Prentice Hall, 2000.
MELLO, Sérgio C. Benício de; BRITO, Cristina M. A. de; LEãO, André Luiz M. de Souza. As dimensões das marcas e a propaganda: Um estudo exploratório com publicitários brasileiros. In: XXIV Congresso Brasileiro de Ciência da Comunicação, 2001, Campo Grande, MS. Anais... Campo Grande: INTERCOM, 2001.
MORO, Sérgio F. Prefácio. In: PASTORE, Affonso Celso (Org.). Infraestrutura: eficiência e ética. Rio de janeiro: Elsevier, 2017. p. xi.
ONUBR (Nações Unidas no Brasil). 2017. Agências da ONU alertam para impactos da corrupção no desenvolvimento dos países. Acesso em 04 de abril de 2018.
TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Fundo Partidário. Acesso em 04 de abril de 2018.
UNODC (United Nations Office on Drugs and Crime). UNODC e Corrupção. Acesso em 02 de abril de 2018.
Warley Mól - Pré-candidato a deputado federal por MG pelo partido NOVO - 11/04/2018